Tainara Bauermann está em quarto na UPA Boqueirão e reclama de falta de protocolo de atendimento que a mantém isolada desde terça-feira
O que era uma simples dor no pescoço se transformou em uma investigação de possível infecção por coronavírus – já descartado – e, agora, virou uma suspeita de meningite. O caso envolvendo a moradora de Estância Velha Tainara Baurmann, 27 anos, acontece na UPA Boqueirão, em Canoas.
A jovem buscou atendimento na última terça-feira, mas a equipe médica optou por colocá-la no isolamento, pois ela teve contato com pessoa vinda da China. Já são quase 72 horas sem contato com familiares, afora as ligações telefônicas.
“Pelos sintomas, febre e vômito, os médicos perguntaram se eu tinha viajado, ido ao aeroporto, ou conhecia alguém da China”, recorda a moradora de Estância Velha. “Como falei que eu tinha um irmão que morava na China, mas ele havia ido embora no Natal, a possibilidade de coronavírus foi descartada.” O resultado dos exames para meningite, por ora, deram inconclusivos.
Tainara vem a Canoas periodicamente para buscar atendimento para a filha, que tem autismo. “As minhas dores começaram na segunda, parecia uma gripe forte, ao descartarem o coronavírus, passaram a investigar a possibilidade de ser meningite: fiz exame de sangue e radio-X e deu inconclusivo até agora.”
Segundo ela, há dificuldades para um paciente passar tanto tempo em um quarto pequeno num “posto de saúde”. “Tem maca e banheiro, estou com meu tablet, não me deram comida desde terça, e é meu marido que está trazendo o almoço”, reclama. Segundo ela, há também uma indefinição sobre a permanência dela em Canoas. “A Saúde de Estância Velha não quer me receber, e não tem leito aqui no Graças, nem no HPS, enquanto isso vou ficando, isolada.”
Fonte Jornal NH