Preço da gasolina cai nos postos em meio a pandemia de coronavírus

Preço da gasolina cai nos postos em meio a pandemia de coronavírus

O preço da gasolina caiu mais que 20 centavos nos postos de gasolina nas últimas quatro semanas, indo de R$ 4,515 no dia 8 de março para R$ 4,298 no dia 4 de abril, uma queda de quase 5%.

Os dados divulgados pela ANP (Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foram feitos após pesquisa em mais de 5,7 mil postos. O período de queda nos preços coincide com o crescimento da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

No dia 7 de março, o país tinha apenas 19 casos confirmados de Covid-19, sem nenhuma morte registrada. Neste domingo (5), já eram 11.130 doentes, com pelo menos 486 mortes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

A queda dos preços também foi observada no diesel. Em mais de 3 mil postos pesquisados, a ANP encontrou o valor médio de R$ 3,437 na última semana. Já no período compreendendo 8 a 14 de março, o preço ficava em R$ 3,618. Na mesma comparação, o etanol foi de R$ 3,253 para R$ 3,039.

Em 2020, principalmente no mês de março, a Petrobras anunciou cortes no preço da gasolina, em resposta à redução das cotações internacionais do petróleo em meio à pandemia do novo coronavírus.

A partir do sábado, 28 de março, a gasolina vendida pelas refinarias ficou 5% mais barata, no que foi o nono corte do ano, o quarto em apenas 15 dias, período em que começaram a se intensificar pelo mundo as restrições à mobilidade das pessoas para combater a pandemia do coronavírus.

O preço do diesel caiu 3%, no oitavo corte do ano – o terceiro nas duas semanas anteriores.

Com as mudanças, o preço da gasolina acumulava queda de 43% nas refinarias. O diesel caiu 31%. Nas bombas, até o dia 20 de março, o repasse havia sido de apenas 1,5% para a gasolina e 4,4% para o diesel. Os elevados estoques de postos e distribuidoras retardaram os repasses aos consumidores.

A queda abrupta no consumo de combustíveis após o início das medidas de isolamento social no país é apontada por executivos e especialistas como um entrave para repasses mais rápidos neste momento, já que os postos e distribuidoras têm dificuldade para desovar estoques antigos.

(Jornal do Comércio)

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