A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas divulgou hoje, quinta-feira (19) detalhes dos crimes no bairro Fátima, na Avenida Guilherme Schell, onde duas ossadas e um corpo foram localizados.

Um homem preso no dia 30 de novembro e  confessou os três crimes. Ele é Lacir Lopes de 43 anos, tem apenas uma passagem pela polícia por perturbação ao sossego alheio, Lacir é descrito como tranqüilo pelo titular da DHPP, delegado Thiago Carrijo, inclusive, ele está colaborando com as investigações”.

SAIBA MAIS SOBRE OS CRIMES

A primeira vítima, uma mulher que, conforme a Polícia Civil, mantinha um relacionamento sexual com o criminoso, mas vinha cometendo furtos na casa dele. “Com a ajuda de duas pessoas, ele matou ela a marteladas no local e enterrou o corpo no terreno. O problema foi que a cova ficou rasa e o corpo começou a feder. Aí ele ateou fogo”, conta o delegado.

O SEGUNDO CRIME

A outra vítima, um homem que participou do primeiro crime. Ele vinha relatando para Lacir que uma mulher, que ajudou a matar a outra, ia entregar os dois para a polícia e que por isso, era necessário matar ela. Porém, o criminoso fez o contrário. “Ele foi lá e matou esse comparsa que estava sempre no local. Agora, os próximos passos da investigação é descobrir a participação dessa mulher”, relata Carrijo.

Lacir nunca escondeu os crimes que cometeu. Testemunhas disseram para os investigadores, que ele sempre falava que tinha matado pessoas. Em algumas oportunidades, ele chegava a relatar como foi o crime.

A Polícia Civil descobriu Lacir, após o desaparecimento de Marcelo, um homem de 25 anos, que trabalhava e morava no mesmo local que o criminoso. “Ele desapareceu e a família veio até nós para registrar a ocorrência. Dias depois, uma testemunha chegou aqui e disse que viu a vítima morta com o rosto desfigurado”, detalha o delegado.

Depois do depoimento, no dia 30 de novembro, policiais com o apoio do Corpo de Bombeiros foram até o local em busca de corpos e encontraram o de Marcelo e a ossada de uma mulher.

Três dias depois, mais uma ossada foi achada enterrada. Perícias foram realizadas no local onde Lacir vivia e em todo o terreno.

O caso esta sendo investigado e três inquéritos foram abertos e podem acontecer novas prisões nos próximos dias.

“Nossos investigadores tem quase 99,9% de certeza dos nomes que apuramos. Porém, não posso divulgar, enquanto elas não forem confirmadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

O delegado Carrijo lembra que Lacir só matava pessoas que se relacionavam com ele. “Podemos chamar ele de matador doméstico. Ele não saia as ruas para matar, mas matava quem estava dentro da casa dele”.

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Foto/Imagem: Polícia Civil